domingo, 9 de setembro de 2012

Kaboom (Gregg Araki, 2010)



A principal qualidade de "Kaboom", do Gregg Araki, é o tesão com que o cineasta dirige o filme. Ao retratar as angústias sexuais de jovens recém-entrados na universidade, Araki chega muito perto daquela que é, talvez, a principal qualidade de um Gus Van Sant: o esforço genuíno para tentar entender um universo do qual ele definitivamente não faz parte. Todas as confusões e idiossincrasias de uma geração que está aprendendo a tratar sua sexualidade de uma maneira tão própria, menos sujeita a rigidez e mais livre em experimentações, estão muito bem colocadas na fita. Apenas o recurso de utilização de uma temática sobrenatural que, se serve para apresentar algumas escolhas narrativas curiosas, por outro lado se mostra bastante frouxa no final, oferece alguma restrição ao longa. Se bem que, ainda ali, Gregg Araki não deixa de homenagear seus retratados através de um "gênero" que lhes é tão caro. 

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